domingo, 8 de maio de 2011

Osama morreu, e eu com isso?


O que eu tenho a ver com a invasão dos militares americanos à casa do terrorista saudita, e seu consequente assassinato? Por que eu vou ter que ligar a televisão todos os dias e assistir à comemoração das pessoas, à cara de felicidade do presidente Barack por ter garantido sua reeleição, à mais uma ostentação de vitória por parte dos estadunidenses? Um absurdo, afinal, em nada isso vai influenciar na minha vida. É uma notícia simples, como a morte de qualquer bandido, nada mais, certo? Ao menos em meu humilde ponto de vista, não é assim... a menos que eu seja um egocêntrico e egoísta!

É óbvio que estão fazendo sensacionalismo com a notícia, o que é normal, principalmente na imprensa brasileira. Claro que estão fazendo de tudo para descobrir qualquer coisa que tenha alguma ligação com a ação dos americanos naquela fatídico fim de domingo... como entraram na casa, como encontraram, quem informou, como foi o confronto, e alguns até levantam a insana teoria de que tudo é uma grande mentira, como se o Osama, que odiava os Estados Unidos, fosse aceitar ver a sua cabeça aparecendo como prêmio e nada fosse fazer para desmentir isso.

Mas a verdade é que a morte desta figura tão excêntrica e estranha é sim uma grande vitória para o mundo. E que fique bem claro: suas teorias e seu modo operandi não fazem parte do que é defendido pelo islamismo. O Islã, em momento algum, defende a morte de civis inocentes, ainda mais em massa, como forma de combater o mau do mundo. Bin Laden era na verdade um terrorista fundamentalista que não suportava o domínio político dos Estados Unidos sobre o mundo, e culpava todos os ocidentais, sem exceção, pela postura política daquele país. Esse ódio transformou-se em loucura e insanidade, e os seus planos não eram simplesmente vencer os Estados Unidos politicamente, mas exterminar todos os países do Ocidente.

Seria ridículo não se importar com tão importante acontecimento. Não quero entrar no mérito da forma como os americanos resolveram agir, se é certo matar ou não. Mas é importante que se diga que o fato do maior e mais sanguinário terrorista de todos os tempos ter sido eliminado, alivia um pouco nossos corações. Não que a guerra contra o terror esteja resolvida, mas a ponta do iceberg foi desfeita, o que com certeza desconcertou a organização criminosa que ele comandava, que irá demorar um certo tempo para se articular de novo, e há muitos que duvidam que ela consiga.

Sim, eu me importo e acho que muita coisa muda em minha vida com a morte do Osama bin Laden, porque graças a Deus não tive amigos ou familiares mortos por sua insanidade, mas sei que eram seres humanos, com sonhos, desejos, expectativas. Pessoas que lutavam por algo mais, que trabalhavam, que tinham filhos, filhas, mães, pais. É imensurável a dor causada por aquele homen a tantas pessoas ao redor do mundo. Que Deus agora faça o seu julgamento divino e coloque a sua alma - se é que ele a tinha - no lugar de direito. Quanto a nós, é bom saber que existe menos um louco sanguinário na face da terra.

Um comentário:

Gabriela Marques de Omena disse...

Muito bláblá. Pra mim, eles não vão aparecer nem tão cedo com o corpo dele, afinal, provavelmente tenham o multilado, assim violando as suas próprias leis, a dos direitos humanos.