domingo, 27 de abril de 2008

O Sol Nasceu


... e o sol nasceu.
Junto com ele um novo sonho.
Um fio de esperança que brota
do mais longínquo desejo do meu ser.
Sem pensar no amanhã, ou mesmo no hoje,
simplesmente sem pensar.
Porque pensar faz lembrar,
e lembrar é não mais sonhar.

A flor abriu.
E no momento em que mais uma vez
sinto o calor do vivo sangue em minhas veias,
olho para o alto, e passo a crer,
de novo, e para sempre.
Sem querer lembrar que o poeta um dia disse:
“o pra sempre, sempre acaba”
Não quero lembrar,
apenas sonhar.

A lua brilhou.
Iluminando as minhas insanidades
e tornando-as mais que breves loucuras.
O cheiro de fumaça, o som das buzinas
fazem-me entender que ainda posso viver
a realidade, por mais cruel que esta seja.
Pensando bem, nem é tão cruel assim.
Afinal, consegui dormir, e sonhar.
E então, o sol nasceu.

2 comentários:

Flávia Fabri Cesário disse...

Que lindo! Nos dá esperança, força, serenidade para enfrentar os dias! Senti muito positivismo neste texto! Beijão! :)

Rô Rezende disse...

"Porque pensar faz lembrar,e lembrar é não mais sonhar."

Lembrar é voltar para realidade, para a realidade dos erros, da angústia!

Lindo poema...flor, sangue e lua...(elementos que eu adoro), muito bem usados!

Parabéns (Desculpe o comentário mal feito...nem sempre consigo comentar como gostaria!)