quinta-feira, 1 de maio de 2008

Ayrton Senna do Brasil!


GPs Disputados: 161
Vitórias: 41
Poles: 65
Pontos Ganhos: 614
Titulos Mundiais de Fórmula 1: 1988, 1990, 1991


E o menino voava. Transformava o asfalto em caminhos que sempre o levavam para o topo, para o alto. Desde cedo o menino aprendeu a sonhar com altíssimos vôos. Era decidido. Jamais se conformaria com o pouco, com o segundo plano, e a palavra "desistir" não existia no dicionário de sua vida. Este sonho trilhou toda sua trajetória, ele vôou, e nesse vôo levou junto toda uma nação, levou a alegria tão escassa num país cheio de desigualdades e sofrimento, mas que aprendeu a admirá-lo e respeitá-lo como um dos mais célebres símbolos de nacionalismo, na certeza de que sempre há uma esperança. O menino levantava a nossa bandeira para comemorar suas vitórias, e nesta bandeira estava expresso o sorriso de cada um dos milhões de brasileiros que o viam. Ele era forte. Sabia unir garra, dedicação, trabalho e perseverança com maestria. Era também perfeccionista, pois sabia que não estava sozinho. E voava. Seu semblante muitas vezes sério, fechado e indescritível escondia pensamentos que sempre rumavam ao ponto mais alto que ele pudesse alcançar, porque estar lá era sua única razão de viver. Voar era seu sangue, sua pulsação, sua vida. Foi genial. Ultrapassava barreiras na vida e ultrapassava adversários na pista. Fazia parte de uma estirpe que relacionava os melhores de todos os tempos em seu ofício, e seu ofício era vencer. Fazia de seu carro condutor uma parte integrante do seu corpo, e sua mente funcionava na velocidade em que guiava, rumo ao primeiro lugar nos pódios e na vida. Atraiu atenções, respeito e acima de tudo admiração através de seu carisma e da sua trajetória sempre vitoriosa e sua conduta sempre idônea.

Um dia, ele fez um vôo mais alto que os limites da vida. Deixou a dor da saudade estampada em milhões de rostos mundo afora, comoveu uma nação como poucas vezes se viu em toda a história, e foi voar com Deus. Mas deixou também um exemplo. Deixou sua força, sua garra, sua determinação para todos os que vivem da saudade dos alegres momentos que ele nos proporcionou.

Lágrimas cerram-me os olhos pois a emoção anda sempre junto com a lembrança da sua existência, das suas vitórias e de suas conquistas, que foram também de todo o povo brasileiro. No dia de hoje, que comemoramos 14 anos que ele se foi, deixo minha emocionada homenagem ao maior piloto de Fórmula 1 de todos os tempos, e ao maior exemplo de esportista e patriota que um dia pudemos presenciar. Ao inesquecível e incomparável Ayrton Senna do Brasil; que o seu exemplo nos estimule cada vez mais!

"Ayrton tinha um carisma que Schumacher não foi capaz de transmitir."
Bernie Ecclestone, chefão da Fórmula 1





"eu quero a canção mais bonita, onde o grande poeta me diga que você não morreu... guerreiros são guerreiros, não dá pra te esquecer"




4 comentários:

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Oiii.
éé realmente meu blog ta muito feminino..rsrs *-*
bom falar do airton senna da um aperto no coração, mais mesmo ele nao estando mais entre a gente,ele foi um vencedor e nunca será esquecidoo..
beijo

Teresa disse...

aiinnn.....
Eu me lembro dele um pouquinho, já que quando ele morreu eu tinha 6 anos. meu pai era fã.

coincidência, ontem eu li a biografia dele... naquele livro da coleção "Personagens que Marcaram Época", da Editora Globo.

A história dele é linda! Digna de um brasileiro de verdade.

=*

Flávia Fabri Cesário disse...

Saudade é uma palavra que define muito bem o que sentimos nas manhãs de domingo.
Exemplo de caráter e patriotismo. O Brasil é escasso neste sentido.
É difícil lutar pela honestidade e pelos ideais em um país onde ser honesto é motivo de chacota.
Belo texto!
Beijos!