sábado, 19 de fevereiro de 2011

O ar que eu respiro


Onde estão os pássaros que trinam ao amanhecer? O orvalho que cai molhando o começo de cada dia, resfrescando a vida do doce calor do sol matutino? Onde estão a vida, o amor, o carinho, o respeito, a alegria?

Sei que não deixaram de existir, apenas sigo buscando-os cegamente, temendo a imensa barreira que por vezes se estabelece diante de mim, pois cego estou, e apesar de saber que ela está lá, não posso vê-la com exatidão. Temo o implacável muro da vida e da dor.

Eu só queria nunca me sentir sozinho, mesmo sabendo que de alguma forma eu deva merecer.

A alegria é o ar que eu respiro.

Um comentário:

Priscila Rôde disse...

Quero estar só sem estar sozinha lá dentro.

Que não lhe falte ar!