segunda-feira, 6 de junho de 2011

Por que sou professor?



Essa eu sei responder facilmente: porque eu acredito! E creio que não basta acreditar. Preciso fazer alguma coisa pelo país que, apesar de tudo, eu ainda amo e tenho fé. Ser professor não é ser um transmissor de conhecimentos, afinal de contas, o conhecimento está em todas as pessoas, independemente do nível escolar ou das condições financeiras. Ser professor é, acima de tudo, ter a capacidade de devolver a esperança para pessoas que talvez mais nada tenham. Entrar numa sala de aula em que as pessoas se encontram em busca de um diploma, de um título, e conseguir, de alguma forma, implantar uma mentalidade de que o título é uma vitória social, enquanto que os valores do conhecimento são vitórias do esforço real e do desejo de ser melhor de cada um, é uma experiência fantástica e impagável.

É preciso que se saiba que um professor não pode ser apenas um detentor de conhecimento técnico. Ele precisa ser educador, psicólogo, ator, artista, criador, e às vezes até familiar. Levando em consideração todos os defeitos que assolam o sistema educacional brasileiro, é possível entender que encarar uma sala de aula, seja em qual nível for, é uma missão das mais árduas. Porém, não se pode esquecer que é também uma das missões mais gratificantes.

Não sou professor por saber mais que ninguém. Sou professor pela satisfação de poder, acima de tudo, dividir informações, experiências e sonhos com pessoas que de alguma forma vêem em mim uma humilde esperança de construir um futuro melhor.

Enfim, sou professor porque acredito no meu país, nas pessoas que nele vivem, e num futuro melhor, e no dia que eu achar que o "sistema" venceu a educação e que não há mais soluções para a concretização dos sonhos das pessoas, eu farei questão de largar a profissão, porque é impossível se lutar por um sonho no qual não se acredita.

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