Ei, para de brincar comigo!

Eu acho que a vida ama brincar comigo, não é possível! Alguém pode dizer a ela que eu sou apenas um ser humano, passivo de dores e medos? Alguém pode falar para esta "Senhora do Destino" que eu não sou capaz de suportar tantos tropeços, e que os aprendizados, embora necessários, pode nos engolir no processo?

Parece que comigo ela ainda não se entendeu!

E não importa o quanto eu faça, lute, persiga, tente... não importa quantas vezes eu chore, e muito menos o tamanho dos meus problemas. Ela não tem dó, é traiçoeira. Manda uma tempestade sem precedentes, me faz cambalear, plantar batatas e quase capotar, depois me entrega o sol, brilhante, forte e vivo nas mãos, e quando eu penso que este sol irá de fato me iluminar, ela vem, e faz com que ele queime as minhas mãos!

Não são duas, nem três, nem quatro vezes... foi assim o tempo inteiro. Cara vida, tenho a dizer-lhe que vai chegar o momento em que eu não mais a suportarei, porque você, efetivamente, machuca! Não há nada mais difícil que acordar todos os dias pela manhã e encará-la, diante de tantas adversidades. Eu sei que você pode, e realmente nos proporciona momentos inesquecíveis, mas tenho a reclamar devido ao altíssimo preço que você tem me cobrado, e agora, meu nome já está sujo, assim como minha alma, meus sonhos, e meus desejos mais intrísecos!

Não seja tão cruel... devolva-me a paz que eu tanto luto para buscar, e perdoe-me se às vezes não faço por merecê-la, mas é que a dor, quase sempre, supera a vontade!