quarta-feira, 25 de março de 2015

Onde estão?


Onde estão os lírios do campo? Aqueles que enfeitavam as manhãs ensolaradas, dando vida aos campos, dando vida à vida... onde estão as flores perfumadas? Cadê a magia, a alegria, o doce cheiro do amor que, não sei por que, se transforma num odor desagradável de desalento e desencanto. 

Onde estão o cheiro, o toque, e olhar, o sorriso, a paz? Cadê todos aqueles sonhos que pairavam por onde quer que passássemos, que nos faziam ver sempre milhões e milhões de motivos para encarar mais um dia, seguir em frente e alcançá-los?

Como entender que as flores não têm mais perfume, que os lírios morreram, que o sol não brilha mais, quando jamais se deixou de reverenciar a natureza e todas as alegrias que ela nos traz? Como entender que a sombra ultrapassou a força da luz, que a noite é maior que o dia, quando sempre se semeou a paz e o amor incondicional?

Sejamos, então, como a semente, que morre, seca, se enterra, para nascer de novo. 
Que nossos lírios voltem da semente, pois os campos estão muito vazios, vazios...

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