sexta-feira, 11 de junho de 2010

Carta de Despedida


Hoje eu queria me despedir! Há tanto tempo venho imaginando o quão estranho seria esse momento, e de que forma ele poderia afetar as entranhas do meu ser como já está afetando... não sinto muita coisa a não ser o suor frio das noites chuvosas e calorentas que um dia me fizeram imaginar esse momento.

Não sei porque as pessoas dizem que toda despedida traz lágrimas. Na verdade, percebo que poucas vezes entendi o sentimento humano e poucas vezes a humanidade me entendeu também. Não dispeço-me das palavras, pois sem elas não vivo. Dispeço-me de algo que me consome com todas as forças do universo, que me tira o sono, me transforma num andróide vagando noite adentro em busca não se sabe do quê! Dispeço-me, portanto, do que me faz transformar a vida numa monotonia diuturna, fazendo sempre as mesmas coisas, cumprimentando sempre as mesmas pessoas, escrevendo sempre as mesmas palavras.

Hoje o dia vai nascer diferente, e jogo por minha janela o meu imenso senso de dependência. Jogo fora uma das razões que me fez deixar de viver bons momentos, deixar de sorrir, deixar de cuidar de mim e do meu bom senso, e o melhor de tudo: não vou fazer esforço algum. Bastam três cliques e adeus colheita feliz!

2 comentários:

ligia disse...

lindo!!! mande noticias...(karla)

Ju Fuzetto disse...

As despedidas são doloridas!!

Lindo texto!!!!

Bom final de semana!!!