Muitas vezes me vejo perguntando o motivo pelo qual as pessoas buscam as religiões. Obviamente não há respostas concretas, pois se trata de um tema bastante subjetivo e pessoal, afinal, a fé é uma crença, não uma ciência.
Porém, entendo que as religiões são fatores sociais importantes quando buscam unir uma comunidade de pessoas - os fiéis - ao redor de uma determinada força maior que rege o universo. A esta força dão diversos nomes. Quando falo em unir pessoas, contextualizando com os últimos acontecimentos frutos do fanatismo religioso, começo a entender a verdadeira função das religiões.
Com as mudanças sociais ocorridas desde a Idade Média, onde apenas uma religião dominava e exterminava os que não a seguiam - ditadura - vejo que as frentes religiosas, após este período, têm um foco muito mais político que religioso. Não é por um deus que as pessoas vão às igrejas, às sinagogas, aos templos... é por necessidade de criar uma identidade social e satisfazer os anseios de uma sociedade hipócrita e mesquinha. Prova disso são as atitudes de tantas pessoas que, embora carreguem um livro dito divino embaixo do braço, levam para a sua vida atitudes completamente opostas aos ensinamentos dos deuses por essas pessoas "seguidos".
Considerando as religiões como fatores sociais políticos e não teológicos, passo a entender a crise de identidade que assola o mundo, que faz com que as pessoas matem e morram "em nome de Deus". As pessoas buscaram nas religiões suas identidades sociais e encontraram nada mais que partidos políticos, que quando muito fazem alianças, mas jamais comungam dos mesmos princípios, pois cada um tem a sua "verdade". Desta forma, os resultados deste processo não poderiam ser diferentes. Intolerância, extremismo, falta de amor e respeito ao próximo, hipocrisia e dogmatismo exacerbado. É isso que as religiões representam e é este o retrato destes partidos políticos que agem em nome de Deus, causando uma crise de identidade em um povo que busca a fé e encontra a vaidade.
Sem exceções.
Liberté, Égalité, Fraternité!
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