domingo, 26 de setembro de 2010

Por que sofremos?


Em um determinado momento da história, nasceu um homem. Este homem era pobre, muito pobre. Sofreu as limitações de um terra sem leis, onde os únicos respeitados eram os ricos, e ele, por não sê-lo, precisou vivenciar as piores misérias que um ser humano é capaz de enfrentar, de cabeça erguida e com muito amor no coração.

Este homem cresceu. Apesar de todas as privações, mostrou-se detentor de uma suprema inteligência. Sua simplicidade e sabedoria cativavam cada vez mais todas as pessoas ao seu redor, e sua capacidade de amar e de ensinar a amar eram vitrines da sua conduta. Não havia nada nem ninguém que o fizesse perder seu espírito caridoso, amigo, sincero e verdadeiro. Ele passou a ameaçar o sistema. Este mesmo sistema que não acreditava que um homem pobre e sem berço pudesse transmitir tanto conhecimento e tanta verdade. Porém, suas ameaças não se davam em caráter de ódio, rancor ou ressentimento. Ele respondia às maldades com amor, encarava as limitações com alegria, e sabia sempre, mesmo sem jamais ter obtido um título qualquer, as palavras certas nos momentos certos.

Muitas vezes ele ajudou pessoas, mostrou-lhes o caminho para a felicidade. Muitas vezes transformou dores em alegrias, libertou, ensinou e deu amor. Muitas vezes, porém, foi perseguido, injustiçado. Ao invés de revoltar-se contra tanto mal a quem faz tanto bem, o homem olhava nos olhos dos seus algozes e pedia a Deus o perdão para eles. Era um exemplo de ser humano, de pessoa, de espírito de luz.

Um dia, não resistiu à maldade humana, e foi morto. Morto pelo sistema, morto pela traição de pessoas a quem tanto amou e quis bem, morto por saber amar e levar a paz. Sua passagem foi dolorida, cruel, maldosa. Enquanto pregavam-lhe numa cruz, ele chorava lágrimas de sangue e pedia aos céus perdão para a humanidade, numa demonstração de amor acima de todas as coisas, inclusive para com aqueles que o fizeram mal.

Agora eu, ou você, ou qualquer um de nós que sentimo-nos injustiçados ou infelizes por qualquer que seja o motivo, precisamos entender que a vida muitas vezes nos machuca, porém, embora não sejamos aquele homem, devemos lembrar-nos dele, e enfim, perceber que nenhum bem que tenhamos feito pode ser maior do que o bem que ele fez, e apesar disso, mataram-no. Que fique entre nós a lembrança de que ter problemas, encarar dores, enfrentar mágoas ou lidar com as injustiças do mundo não significa a infelicidade plena. Desde que aquele homem se entregou à dor para nos ensinar que o amor e a compreensão devem estar acima de todas as maldades e instintos humanos. Não somos e nem seremos maiores que ele, e por isso, nenhum sofrimento que julgamos insuportável será maior que o sofrimento do homem que mais sofreu neste mundo para nos mostrar o verdadeiro significado da vida: o amor.

4 comentários:

Marcela Fernanda disse...

muito bom!

bj

Rosa flor do dia disse...

VINICIUS, AMEI SEU TEXTO. PARABENS!!!
SÓ GOSTARIA QUE VC DEIXASSE CLARO E EM LETRAS GARRAFAIS QUE ESSE HOMEM, QUE MORREU POR NÓS AINDA VIVE E SEU NOME É JESUS.
EU CREIO NISSO.
ABRAÇÃO, ROSA.

Ludmilla Cardoso de Oliveira disse...

é, ele sim viu, sofreu a maior das dores, e como Deus diz: nem peso nos é dado que não possamos carregar. abraço.

Unknown disse...

nossa , parabéns . amei o texto !